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Mãe e padrasto são indiciados por torturar criança até a morte em Esperantina

Polícia Civil concluiu que desde quando foi morar em Esperantina, no início do ano de 2024, Anna Kerolayne Gomes Nunes, de apenas três anos, foi submetida a constantes episódios de tortura.

03/07/2024 às 08h59 Atualizada em 04/07/2024 às 09h14
Por: Redação RI Fonte: Portal O Dia
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Polícia prende mãe e padrasto de menina de 3 anos que teve morte encefálica após maus-tratos — Foto: Polícia Civil
Polícia prende mãe e padrasto de menina de 3 anos que teve morte encefálica após maus-tratos — Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil do Piauí concluiu inquérito policial e indiciou nesta terça-feira (02), duas pessoas, M.K.N.DE O. e F.S.R., mãe e padrasto da criança Anna Kerolayne Gomes Nunes pelos crimes de tortura e feminicídio qualificado, no contexto de violência doméstica e familiar. O caso ocorreu em abril deste ano na cidade de Esperantina. As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher e aos Grupos Vulneráveis (DEAMGV-Esperantina) e Delegacia Seccional de Esperantina.

A menina morava com a avó paterna em Teresina até janeiro deste ano, quando foi levada para mãe para viver com ela em Esperantina. De acordo com a delegada Polyana Oliveira, titular da DEAMGV-Esperantina, concluiu-se que a criança, desde quando foi morar para Esperantina com a mãe, no início do ano, foi submetida a constantes episódios de tortura. “Além disso, ficou comprovado que no dia 14 de abril de 2024, M.K.N.DE O. e F.S.R., de forma cruel promoveram a morte da vítima, mediante o recurso da tortura”, acrescentou a delegada.

Com a conclusão do inquérito policial, a delegada representou pela conversão das prisões temporárias dos indiciados em prisões preventivas. O caso ganhou repercussão no final de abril, quando a criança deu entrada no HUT com marcas de agressão e sinais de maus-tratos. À época, a delegada Polyana afirmou que foram realizadas perícias que confirmam que Anna Kerolayne foi vítima de agressão física e que estas agressões estariam relacionadas com o quadro clínico com o qual ela deu entrada no Hospital de Urgência de Teresina.

Após receber a menina com sinais de agressão, o HUT acionou o Conselho Tutelar. A entidade, então, denunciou o caso à polícia de Esperantina. No dia 22 de abril, o HUT abriu protocolo de morte encefálica e confirmou o óbito de Anna Kerolayne Gomes Nunes.

No dia seguinte, 23 de abril, a mãe e o padrasto foram presos temporariamente, suspeitos pelo crime, que se enquadraria como homicídio qualificado pela tortura em contexto de violência doméstica e familiar. Além das prisões, foram apreendidos vários aparelhos celulares vinculados ao caso, que serão analisados.

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