O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) indiciou três homens pelo assassinato da cabeleireira Aryadina Montenegro, de 23 anos, no dia 22 de julho. Os investigados foram identificados como Orlando da Costa Silva, Carlos Daniel Martins de Sousa e Francisco das Chagas Nunes da Silva.
Segundo a delegada Nathália Figueiredo, responsável pelo caso, os homens foram indiciados pelos crimes de homicídio (com as qualificadoras motivo torpe, meio cruel e sem chance defesa à vítima), organização criminosa e corrupção de menores.
Francisco das Chagas Nunes da Silva, último investigado identificado, foi preso na última sexta-feira (1º), no bairro São Joaquim, Zona Norte de Teresina. Um adolescente de 16 anos também foi apreendido por envolvimento no assassinato.
“O outro é menor de idade, então é outro procedimento que ainda estamos finalizando. Temos dez dias para finalizar. Ele foi preso no mesmo dia do Francisco das Chagas”, explicou a delegada.
A morte
A cabeleireira Aryadina Montenegro, de 23 anos, foi encontrada morta com o rosto bastante ferido, possivelmente causados por pedradas, na manhã do dia 22 de julho deste ano, no bairro São Joaquim, Zona Norte de Teresina.
A Polícia Militar do Piauí foi acionada após um morador da região ter encontrado o corpo da vítima com o rosto ensanguentado nos fundos do terreno de sua casa, próximo a um lago do bairro.
O primeiro suspeito de envolvimento no crime, Orlando da Costa Silva, foi preso no dia 15 de agosto. Em depoimento, o homem negou a autoria do crime, mas, segundo a delegada Nathália Figueiredo, ele foi filmado por câmeras de segurança de um posto de gasolina na companhia da vítima, poucos minutos antes do crime.
Em 27 de agosto, Carlos Daniel Martins de Sousa, de 23 anos, foi preso. A titular do Núcleo de Feminicídio do DHPP contou, na ocasião, que o preso alegou em depoimento que a vítima teria sido morta por estar em uma área dominada por uma facção rival à da região em que ela morava.
"Ele nos disse que a Aryadna foi morta por membros de uma facção criminosa. Ele negou envolvimento com essa facção, mas disse que estava no local, e contou que ela foi morta por morar em uma região que era dominada pela outra facção", explicou Nathália Figueiredo na época.
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