Em um caso que expõe falhas graves no sistema de validação de candidaturas, Gasparino Lustosa Azevedo (PT), 1º suplente de vereador em Sebastião Barros (PI) e condenado por estupro de vulnerável, foi preso em Brasília (DF) na última terça-feira (19/11). A captura, resultado da Operação Lembrados, ocorreu após uma intensa busca por foragidos de crimes graves.
Condenado a 10 anos de reclusão por um crime ocorrido em 2015, Azevedo mantinha a vítima sob ameaça e agressão física. Foragido desde 2022, o ex-servidor público conseguiu, de forma inimaginável, concorrer às eleições de 2024 e se eleger suplente de vereador.
A falha que permitiu essa situação reside em uma certidão de antecedentes criminais emitida erroneamente pelo Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), que atestou a inexistência de condenações contra o acusado. Com essa documentação, Azevedo conseguiu se candidatar e, com 135 votos, tornou-se o primeiro suplente da Câmara Municipal de Sebastião Barros.
A repercussão do caso ultrapassou as fronteiras do Piauí, evidenciando a fragilidade do sistema de validação de candidaturas e a necessidade urgente de aprimoramento dos mecanismos de controle. O mandado de prisão contra Azevedo foi expedido dois dias antes do primeiro turno das eleições, mas somente agora foi cumprido.
O preso aguarda transferência para o Piauí, onde dará início ao cumprimento de sua pena. O caso levanta questionamentos sobre a segurança das eleições e a efetividade da justiça, além de gerar indignação na sociedade.
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