Nesta quinta-feira (19), a 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina realiza a audiência de instrução e julgamento do influenciador Pedro Lopes, conhecido como "Lokinho", e de seu namorado, Stanlley Gabryell. Os dois são acusados de envolvimento no acidente de trânsito que resultou na morte de duas mulheres e deixou outras duas pessoas feridas no dia 6 de outubro deste ano.
O acidente ocorreu na BR-316, na zona Sul de Teresina. Os acusados respondem pelos crimes de duplo homicídio com dolo eventual e lesão corporal grave. De acordo com a Polícia Civil, as investigações indicam que Stanlley Gabryell, que não possui Carteira Nacional de Habilitação (CNH), estava dirigindo o veículo no momento do acidente. O carro teria sido entregue por Pedro Lopes.
A audiência está marcada para as 11h30, na sala da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, no Fórum de Teresina, localizado no bairro Cabral. Durante a sessão, testemunhas e acusados serão ouvidos, e as partes, incluindo o Ministério Público e a defesa, poderão se manifestar. Após a análise, o juiz decidirá se o caso será encaminhado ao Tribunal do Júri.
Atualmente, Stanlley Gabryell está preso preventivamente, enquanto Pedro Lopes responde em liberdade provisória.
Defesa dos acusados pede desclassificação do crime
A defesa argumenta que o caso pode ser desclassificado de homicídio com dolo eventual para homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Essa mudança impediria o julgamento pelo Tribunal do Júri, e a pena seria significativamente menor.
"A ausência de intenção, corroborada pelas provas, torna a desclassificação apropriada e justa. Esperamos que a Justiça reconheça a inexistência de dolo eventual e atribua a responsabilidade de forma adequada", disse o advogado Jairo Braz.
A defesa também criticou o Ministério Público, alegando que este estaria "contaminado pela opinião pública". "Não compactuamos com o posicionamento do Ministério Público, que vem emitindo juízos de valor antecipadamente, antes mesmo da produção das provas, que deve ocorrer nesta audiência", afirmou o advogado Gerson Moraes.
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