Com problemas para garantir o acesso dos pacientes a consultas, exames e medicamentos, a saúde pública de Teresina deve receber em janeiro uma missão do Ministério da Saúde. A decisão foi tomada ontem (19), em Brasília, após reunião entre o prefeito diplomado, Silvio Mendes, o governador Rafael Fonteles, membros da bancada federal e a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Para o prefeito diplomado, Silvio Mendes (União Brasil), o resultado do encontro com o governador, a bancada federal e a ministra Nísia Trindade foi positivo.
"Eu posso resumir dizendo que são ações da boa política para fazer o que tem que ser feito, juntando pessoas que têm o mesmo propósito. Estou satisfeito. Acho que o melhor caminho é esse, do meu esforço para poder ter um resultado melhor", disse sobre o encontro.
De volta à capital, o gestor falou com a imprensa durante a solenidade de assinatura de convênio entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Cáritas, para o fornecimento de mais de 500 mil refeições no próximo ano, no Piauí. Ele diz acreditar que será possível tirar do papel algumas das ideias já desenhadas para Teresina, como a implantação da Casa de Parto, na Santa Maria da Codipi, e a instalação de um hospital na zona Sul de Teresina, para desafogar a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Hospital do Promorar.
Os recursos para retirar as ideias do papel estão condicionados à liberação de verba do Governo Federal e, nesse contexto, o corte de gastos no Ministério da Saúde pode ser um empecilho para os planos de Teresina.
"A gente tem conhecimento de várias oportunidades que nós perdemos por não ter um acompanhamento adequado. Este ano, a saúde perde R$ 400 milhões e já soube pelo deputado Júlio César que no próximo ano isso vai se repetir. Então, a falta de recursos não é uma questão de Teresina, mas de todo o país. Claro que Teresina, pelas características de atender toda uma região, é mais aguda, mais evidente. Mas tudo isso depende de garantia, de recurso financeiro para pagar a conta", disse.
O governador Rafael Fonteles, também, considerou a reunião produtiva. Para ele, a saúde é uma política pública que depende de integração e harmonia entre todos os entes federativos.
"Olha, positiva porque sentou à mesa os três entes da federação, a ministra Anísia, o governo do estado, o prefeito eleito de Teresina, com a bancada federal, que cada vez tem maior protagonismo no orçamento com as emendas parlamentares, todos falando que saúde é a prioridade, que o SUS é a prioridade. Então, foi o momento de a gente alinhar os nossos pedidos, os nossos pleitos ao Ministério, ao Governo Federal, para fortalecer o SUS em Teresina e no Piauí. A saúde precisa dessa integração", disse.
A reunião deve ter desdobramentos em janeiro, quando uma comissão será formada, já com a equipe do prefeito diplomado Silvio Mendes, para definir as prioridades da Saúde no Estado e em Teresina.
"Em janeiro, vem uma missão técnica do Ministério para reunir-se conosco e com o prefeito, já no caso, no cargo, para exatamente apresentar essas prioridades, tanto de investimentos quanto custeio. O que buscamos é financiamento, tanto para investimentos quanto para custeio, tanto para o Fundo Estadual quanto para o Fundo Municipal e dentro de uma lógica coordenada pelo Ministério do próprio Sistema Único de Saúde, para fazer mais com menos, dado que o dinheiro não dá para fazer tudo", adiantou.
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