A Polícia Federal no Piauí requisitou nesta quarta-feira (21) os aparelhos eletrônicos encontrados na Sala de Estado-Maior, no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, onde a vereadora Tatiana Medeiros está custodiada, para integrá-los ao inquérito no qual a parlamentar é investigada. Os dispositivos, um tablet e um celular, foram localizados durante uma vistoria realizada nessa terça-feira (20) e serão analisados pela corporação, que avaliará quais procedimentos serão adotados a partir do material apreendido. A investigação em curso, conduzida pela própria PF, tem como alvo a vereadora, presa na segunda fase da Operação Escudo Eleitoral.
De acordo com a Polícia Federal, o recolhimento dos equipamentos eletrônicos atende à necessidade de averiguação do conteúdo e sua possível conexão com os crimes investigados. Os aparelhos foram encontrados dentro da cela onde Tatiana Medeiros está detida desde o dia 3 de abril.
MP pediu abertura de inquérito
O Ministério Público Militar também se manifestou, por meio do promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira, e encaminhou ao comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes, um pedido formal para a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM). A apuração deverá identificar quem permitiu ou facilitou a entrada dos aparelhos na cela da vereadora. Para o promotor, a presença de um celular e de um tablet em uma sala de Estado Maior é uma situação classificada como “absurda”.
Segundo a Polícia Militar do Piauí, a vistoria que resultou na descoberta dos aparelhos foi feita por policiais militares e integra o protocolo diário adotado nas salas destinadas a presos com prerrogativas legais, como é o caso de autoridades e advogados. A corporação informou ainda que as celas utilizadas dentro do Quartel do Comando Geral são espaços improvisados e adaptados exclusivamente para atender às determinações judiciais.
Ainda conforme a Polícia Militar, Tatiana Medeiros confessou que os dispositivos eletrônicos foram entregues por seu advogado.
A prisão da vereadora no QCG ocorre em virtude de ela ser advogada e por isso, deve permanecer presa em sala de Estado Maior, na qual existe nas dependências da unidade militar.
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