Os motoristas do transporte escolar da rede pública de Teresina paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (26). Os trabalhadores reivindicam um reajuste nos salários de 15% e melhores condições de trabalho. De acordo com Galdino Rodrigues, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Piauí (Sintetro), cerca de 250 profissionais estão participando do movimento de paralisação; a maior parte deles trabalham em uma das empresas que não estaria negociando as reivindicações da categoria.
Atualmente, o salário dos motoristas é de R$ 1.726. Antônio Cardoso, presidente do Sintetro, afirma que os trabalhadores chegam a fazer uma jornada de trabalho de 18h, de forma ininterrupta, o que seria ilegal. A paralisação visa chamar atenção para o que o sindicato considera carga horária excessiva e até abusiva a que os trabalhadores submetidos. “Esse pessoal chega às 6h da manhã, ou às 5h30 dependendo do local, e encerram às 22h. Exploração severa. E nesse turno da noite, eles só recebem R$350. O ticket alimentação é no valor de R$250 e tem empresa que nem vai dar reajuste”, disse Antônio Cardoso.
“O salário é mínimo. Não tem nenhum benefício, como plano de saúde. E as empresas não querem dar nenhum reajuste, principalmente esta que é a maior, que tem o maior contrato com o Estado que é a Marvão. Então, estamos tentando negociar o reajuste. Tem que ver tudo: o zelador, a merendeira, professora, diretor da escola. Mas e os motoristas? São eles que levam essas crianças e jovens para a escola?”, complementa o presidente do Sintetro.
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