Dados divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) revelam o número de acidentes ocorridos nas BR´s que cortam o Piauí em 2024. Nessas rodovias, foram registrados 1.544 acidentes, com 1.685 feridos e 177 mortes. Os números são preocupantes e acende um alerta para a tomada de medidas.
A BR-343, que liga Teresina ao litoral piauiense, foi palco de 688 ocorrências, sendo 266 delas classificadas como graves. Esses acidentes resultaram em 776 feridos e 56 mortes. Já a BR-316, principal acesso da capital ao sul do estado, registrou 511 sinistros, com 191 graves, 521 feridos e 55 óbitos. Em conjunto, essas duas rodovias concentram 77,1% dos acidentes graves e 62,7% das mortes registradas no estado.
A BR-343 responde por 44% de todos os sinistros no Piauí, enquanto a BR-316 representa 33,1%. Esses dados evidenciam a urgência de intervenções estruturais e campanhas educativas para reduzir a violência no trânsito.
Colisões frontais lideram em letalidade
As colisões foram responsáveis por 66% dos acidentes nas rodovias federais do Piauí. A colisão transversal foi a mais comum, mas a colisão frontal se destacou pela alta taxa de letalidade. Apesar de representar apenas 7% dos sinistros, foi responsável por 27% das mortes. Outros tipos de acidentes, como saídas de pista (9%) e tombamentos (7%), também contribuíram para o cenário trágico.
Os atropelamentos, que representaram 8% dos sinistros, foram responsáveis por 15% das vítimas fatais, um indicativo claro da falta de infraestrutura segura para pedestres e ciclistas. A presença de animais na pista, responsável por 4,40% dos acidentes e 4,52% das mortes, também preocupa e reforça a necessidade de medidas preventivas, como a instalação de cercas e passagens de fauna.
Falhas humanas são a principal causa
As falhas humanas continuam a ser o principal fator por trás dos acidentes, representando 74% dos casos. A ausência de reação do condutor lidera as causas, com 19% dos registros, seguida pelo ingresso na via sem observar outros veículos (12%). O consumo de álcool, presente em 4% dos casos, também aparece como um fator preocupante, destacando a necessidade de fiscalização mais rigorosa.
Além disso, problemas estruturais das vias, como falta de sinalização adequada, trechos com pista simples e más condições do asfalto, são frequentemente apontados como agravantes. Esses fatores, somados à imprudência de alguns condutores, criam um cenário propício para tragédias.
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